terça-feira, 3 de maio de 2011

Estou cansada desse mundo, com tantas pessoas falsas, que agem só por interesse, tantas pessoas arrogantes, hipócritas, dissimuladas. Cansada da falta de gentileza, de educação, de humanismo.
Cansada de sentir falta de alguém que eu nem sei se existe, porque, talvez, ele tenha sido só uma idealização da minha mente. Cansada de me sentir tão cansada.
Queria mudar tudo isso, e esse sentimento de  impotência, é o que mais me cansa.

Pouca imaginação agora. As palavras fogem da minha cabeça e os assuntos também, então, paro por aqui.
Beijos.

Meus amigos

Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Escolho os meus amigos não pela pele nem outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito ou os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero o meu avesso.

Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco!
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem,
mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero-os metade infância e a outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto.
E velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos,
Nunca me esquecerei de que “normalidade” é uma ilusão estéril.



Escutei esse poema ontem e me apaixonei! É tudo o que eu quero também...