sábado, 13 de novembro de 2010

Mais que a mim *.*

(...) Me conformo fácil, pronto é isso! Se você disser que a árvore é verde, e eu retrucar dizendo que é marrom, e você voltar a dizer que é verde, eu vou dizer que é verde. Se você disser que me ama, eu não vou acreditar, mas se disser duas vezes, mesmo que dá boca para fora, eu acredito, acredito.
Sou sonhador, sofredor, deve ter alguma coisa bem bonita reservada para mim...
Impossibilidade é quase um segundo nome para mim, tristeza é sinônimo, felicidade é antônimo.
Estão todos olhando a moça passar. Falam de seu corpo, comentam seu mistério, disputam sua atenção. Mas se a moça olha, mudam de assunto, se a moça pede ajuda, ninguém escuta e se quiser companhia - coitada da moça! - vai continuar só. É assunto na academia, atrai olhares no trabalho e quando sai de noite também. Mas ela dorme sozinha e tem um vazio no peito que ninguém tem vontade de ocupar. A Menina tem um coração pesado que ninguém quer carregar.

Quem olha de longe não percebe e quem não se aproximar nunca vai saber: a Menina gosta livros e Jazz, queria saber dançar, troca uma balada pra assitir a Orquestra, gosta de andar até as pernas reclamarem, tem preguiça de filme cult e vê pequenos detalhes onde os outros enxergam cotidiano. E, acima de tudo, está cansada de tanto assustar e afastar as pessoas, cansada de esperar vidas se resolverem por uma promessa de futuro e ficar pra trás mais uma vez.

Quem vai cuidar da Menina triste? Quem vai levar de prêmio seu amor? Quem tem coragem de assumir o desafio e o coração pesado? Apostem suas moedas, esperem o próximo capítulo. Enquanto isso, a Menina também espera, e esperar dói.